A grande diferença entre corrupção desportiva tentada e consumada.  

O Futebol Clube do Porto sempre que ganhou os campeonatos foi um justo campeão.

Quando ganhou teve sempre a melhor equipa, os melhores jogadores, os melhores técnicos, a melhor estrutura de apoio, a melhor organização desportiva. O Futebol Clube do Porto não precisava de “comprar” os árbitros, os dirigentes, os jogadores, para ganhar os jogos. Não precisava de pagar viagens ou oferecer “fruta” aos árbitros. Não precisava mas provou-se que tentou comprar jogos. Na dúvida foi sempre melhor prevenir.

A justiça desportiva provou que o Futebol Clube do Porto tentou corromper. Teve sorte o Futebol Clube do Porto. Tentou mas não conseguiu corromper. No jogo da corrupção perdeu (não conseguiu consumar a corrupção) mas neste caso ainda bem para o Clube, para os jogadores e para a cidade; assim não terá de disputar o próximo campeonato na divisão secundária, tal como o Boavista. O Futebol Clube do Porto foi melhor dentro das quatro linhas do jogo de futebol. Aí ganhou bem. Fora das quatro linhas, no jogo da corrupção não foi o melhor. Mas também ganhou.

Ficou provado na Justiça desportiva que o Futebol Clube do Porto, a União de Leiria e o Boavista e os seus Presidentes, foram corruptos, com a pequena diferença de que o Boavista e o Presidente João Loureiro, conseguiram mesmo os seus objectivos: consumar a corrupção. João Bartolomeu e Pinto da Costa não conseguiram, com pena presume-se, o que João Loureiro conseguiu.

Agora espera-se pelos resultados do apito dourado, na Justiça que interessa. Mas aí seria preciso ir mais longe. Não apenas as que respeitam ao jogo jogado, mas as que envolvem os negócios com as transferências, os contratos dos jogadores, os contratos paralelos, os sacos-azuis, os empresários dos jogadores, a ligação com os municípios, com os empreiteiros, a questão fiscal.


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