Uma Olímpica mentira  

João Marcelino, director do Diário de Notícias, num artigo de opinião, justifica o "autocrático" regime chinês com os desmandos da revolução cultural de há 30 anos a que Deng Xiaoping pôs termo. João Marcelino não denuncia as crueldades do regime, as torturas, os assassinatos, as prisões, as deportações de oposicionistas, não fala da escravatura assalariada, da exploração de mão-de-obra infantil, do desrespeito pelos direitos humanos, da falta de liberdades, da falta de democracia. João Marcelino "desculpa" os dirigentes e fala numa abertura lenta, para a qual o “mundo deve ter paciência”. João Marcelino, no artigo, praticamente nem sequer fala dos Jogos Olímpicos. Mas inicia a crónica com uma Olímpica mentira, naquilo que parece ser afinal o objectivo do seu artigo de opinião: que "Louçã dava vivas a Mao Tsé Tung". Assim mesmo. João Marcelino não o diz o que diz por algum equívoco. Não, o Director do Diário de Notícias diz o que diz intencionalmente, sabendo que está a mentir. Diz o que diz para atacar o político, para atacar o principal opositor a Sócrates, para descredibilizar a organização de que Francisco Louçã é o principal dirigente. E diz isso porque o Diário de Notícias é, a cada dia que passa, o órgão por excelência de propaganda do Governo. Mas Francisco Louçã nunca foi maoista ao contrário de Durão Barroso, de Jorge Coelho, do Pacheco Pereira, de José Manuel Fernandes, entre outros tantos distintos políticos e comentadores do regime.


3 comentários

  • josé manuel faria  
    9 de agosto de 2008 às 22:32

    É curiosa a atitude da maior parte da direita, do PS e do PCP na defesa do regime chinês e nessa atitude que as "coisas" estão a evoluir bem na ditadura opressora chinesa.

    Sejamos justos é a maioria do Bloco e uma minoria de direita os únicos a desmascar a China e os seus JO.

  • Anónimo  
    10 de agosto de 2008 às 22:52

    E a Ana Gomes o Luis Fazenda o Fernando Rosas, a Maria José Morgado, o Saldalha Sanches, o Antonio Peres Metelo, a Ester Mucznick, o José Lamego, o Joaquim Vieira, o João Carlos Espada,a Irene Pimentel etc.etc. etc.

    O Louçã nunca o foi porque a seus ideais nessa época de juventude eram o trotsquismo.

    Coisa que o Marcelino sabe muito bem.....

    Augusto Pacheco

  • Isabel Faria  
    11 de agosto de 2008 às 10:35

    Fernando, desculpa lá uma opnião: uma vez perdi o tempo de escrever um post sobre um texto desse ser...ainda não me perdoei.
    Há gentalha com que perder tempo é quase crime...ainda hoje sinto que deveria ter havido alguém que me passase uma rasteira ou me mandasse uma resma de papel à cabeça, como castigo.

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