Posso ser o próximo morto a tiro
Começo a ficar com medo. A verdade é que planeio efectuar um roubo mal a circunstância aconteça. É uma coisa pequena, penso eu, mas que nos tempos que correm, é capaz de ser o suficiente para me enfiarem um tiro na cabeça, embora a intenção, claro, seja apenas a de me assustarem, mas que por uns quaisquer efeitos esquisitos, costumam, como é sabido, matar sempre alguém. Eu só quero, senhores agentes policiais, senhores proprietários, meu Povo, cerca de uns 10 metros cúbicos de terra para umas floreiras. Coisa pouca, acho eu. Dantes ainda conseguia ver uns letreiros a dizer que se oferecia terra, mas agora nada, nem sequer um sítio, onde sorrateiramente, na calada da noite, pudesse cometer este meu pequeno prazer. Mas é como disse, começo a ficar com medo. Se calhar o melhor mesmo é não arriscar e comprar antes a terra (se encontrar vendedor) mas confesso que me dava um certo gozo lembrar os tempos de criança, onde cometia pequenas maldades como esta, sem estas ameaças sobre a cabeça. Ah e se levar isto para a frente, como noutros tempos, peço ajuda ao meu amigo Jaime (que é cigano já agora).
Actualização. Declaração de interesses: tenho um filho GNR.