Não fosse propaganda e seria uma medida exemplar.  

A PT Compras do grupo PT, segundo o Diário Económico, criou uma plataforma de contratação electrónica, exigindo em troca, o pagamento de comissões de registo e de manutenção da conta aos fornecedores, por forma a partilhar os custos administrativos e de gestão da plataforma que permite "garantir a transparência total com os seus fornecedores".

Uma boa medida. A um esforço de transparência nos negócios, que permita aos fornecedores acompanhar e controlar todos os processos, desde o concurso de fornecimento, à decisão, aos prazos de pagamentos, entre outros, é aceitável um pequeno esforço, de pouco mais de 500 euros por empresa, por forma a partilhar os custos administrativos e de gestão da nova plataforma, que em primeira mão, serve os fornecedores.

Outra medida prevista é a imposição de regras mínimas para ser considerado um potencial fornecedor:

"A PT não tem fornecedores que não cumpram regras ambientais e de poupança de energia, que não tenham os impostos em dia e que mantenham trabalho precário".

Bem a PT já provou ser uma especialista em propaganda, porque se não fosse assim, só poderia saudar com entusiasmo, estas regras mínimas. O problema é que me lembro logo dos call-center da PT, na sua maioria preenchidos por trabalhadores precários, precisamente, com recurso a empresas de trabalho temporário, como aliás vai suceder, em 2009, se o prometido for devido, com os 1200 postos de trabalho a criar em Santo Tirso. E já agora lembra-me também de uma outra medida emblemática interna, assinado pelos sindicatos e a empresa, de um Código de Ética, mas que tem sido ignorado, nas relações entre as partes.


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