Só a verdade é revolucionária  

A Luta Socialista, (uma corrente interna do Bloco de Esquerda), enviou uma nota ao Diário de Notícias, para esclarecer que não foi a Esquerda Nova (outra corrente do Bloco de Esquerda), "a facção que criticou fortemente no BE a celebração de um acordo em Lisboa com o PS" mas sim a Luta Socialista, no que teve o apoio da Esquerda Nova. Que fique claro, então, "porque as clarificações são necessárias".

A Luta Socialista foram os primeiros. "Só a verdade é revolucionária!"


11 comentários

  • Isabel Faria  
    10 de junho de 2008 às 18:23

    Esqueces-te que se fazem outras pequenas clarificações: que no Bloco não há facções, mas correntes ou tendências. Que o Coordenador do Bloco não foi obrigado por ninguém a recusar alianças com o PS mas se limitou a dar conta de uma decisão da Mesa Nacional que é também a sua opinião ,..(é angraçado, eu iamginaria que esta afirmação da notícia, de que LOuçã anda a reboque de uma qualquer corrente te pudesse incomodar, mas parece que não).

    Mas, Fernando, isto é uma opção que se faz: tu pareces preferir as mentiras e as manipulações da verdade que o DN faz. Nós preferimos as clarificações e a reposição da verdade.

    Por isso nos costumamos insurgir tanto contra as mentiras que a CS veicula.Só cá por coisas até achamos que não o faz por incompetência ou falta de profissionalismo.
    Mas, na volta, estamos enganados. A CS quando mente ou manipula fá-lo por ingenuidade. Tadinhos.

    Ah e só uma nota: neste momento estamos bem mais preocupados em saber como vamos sair da embrulhada que a CS e mais os camaradas que defendem, ou não defendem, ou não sabem bem se defendem o Acordo e não se cansam em dar entrevistas e contra-entrevistas à CS, que esta "ingenuamente" interpreta e titula à sua maneira, do que em saber quem foi quem em Setembro.

    Os camaradas da maioria dizem hoje que o Acordo foi único e irrepetível porque feito em circunstãncias especiais. Nós continuamos a considerar que apesar das circunstâncias não se deveria ter feito. Como estamos num Partido democrático ninguém obriga ninguém a pensar como o outro...nem o Francico Louçã.

    "Só a verdade é revolucionária".
    Ainda bem que te lembras de algumas tiradas do Lenine (isto era do Lenine não era?)...nunca fui leninista, mas o camarada Lenine tinha as suas razões...

  • Fernando  
    10 de junho de 2008 às 19:58

    Isabel, eu sabia que não irias concordar comigo claro, mas por muito que te custe ouvir/ler, não deixo de pensar que a nota ao DN apenas se deu porque a Luta Socialista não gostou de ver que os "créditos" da oposição ao acordo de Lisboa fossem atribuídos à Esquerda Nova.

    O que tu chamas de mentiras e manipulações do DN (que dizes pensar que eu possa preferir ...em vez da verdade)são estas:

    1) "A Nova Esquerda foi a facção que criticou fortemente no BE a celebração do acordo..."
    R. Onde tu dizes que está uma mentira e manipulação eu vejo apenas uma imprecisão de somenos. falta a palavra UMA.
    " A Nova Esquerda foi UMA das facções que criticou ..."
    É grave isto? É importante isto? Porquê? Para quê e para quem?

    2)"[a Esquerda Nova] forçou Louçã a rejeitar acordos futuros com o PS..."
    R. É claro que isto é falso mas fosse importante e se houvesse necessidade de esclarecimento não era ao Luta Socialista que cabia fazer o desmentido. Porquê o Luta Socialista se nem sequer é mencionado na notícia? Tanto o Bloco como o Louçã acharam que não era importante (e não era) para fazerem uma clarificação.

    Isabel, dá as voltas que quiseres mas não me convences da "bondade" do esclarecimento do Luta... neste caso. O Luta apenas pretendeu com este esclarecimento dizer que foram eles e não a Esquerda Nova que mais se opuseram ao acordo de Lisboa. Vocês lá saberão porque é que é importante marcar esta posição publicamente.

    Era o que mais me faltava estar preocupado que um Jornal diga que o Louçã ande a reboque (o DN não diz isso - a bem da clarificação- mas sim foi "forçado" a aceitar)até porque ninguém lhe daria crédito.

    Prefiro não comentar que te parece que prefira a mentira e as manipulações dos jornais. Dá-me o benefício de pensar que tenho uma cabecinha e suficiente experiência e tarimba política para me deixar impressionar com o que a CS diz.

    Quanto ao resto sim, estou preocupadissimo mas tu também não ajudas muito, porque quando se exige calma, seriedade, esclarecimento, que não se especule, tu fazes um post público para para não ser entendido, mas deixando no ar, suspeitas e acusações... assim não! Tendo destinatário(s) ou devias divulgar os nomes ou devias fazer reserva pública e comunicar isso pessoalmente às pessoas a quem te diriges.

    Começo a convencer-me que este não já não é o Bloco que me fez voltar a acreditar que era possível uma nova esquerda não dogmática.

  • Isabel Faria  
    10 de junho de 2008 às 21:59

    Fernando, é a 2ª vez que rectificamos uma notícia. Não interessa a ninguém as rectificações? Possivelmente.Cntinuaremos a fazê-las enquanto acharmos que a informação, como lá escrevemos, para ser isenta e ser livre tem que ser verdadeira.
    Chama-lhe uma questão de princípio. Sabes que eu sou dos que acham que os princípios são necessários para estar na vida.

    E não te quero convencer de nada. Até porque acho que dentro do Bloco, para o bem e para o mal, os aderentes do Bloco sabem quem esteve onde e quando. Não precisam das correcções ao DN. O que não nos deve impedir de achar que, de facto, a informação social tem que ser isenta e tem que ser verdadeira. E no dia em que aceitarmos passivamente que o não seja, desculpa lá, Fernando, mas é a própria essência da Democracia que estamos a pôr em causa.

    Quanto ao meu post.
    Não o vou discutir aqui. Até porque possivelmente quem por aqui passe não sabe do que estamos a falar.
    Mas acho piada. Toda a gente dá a sua opinião sobre o Acordo, as relações com o Zé, o que está por detrás e pela frente das opções sobre o que leva quem a fazer uma coisa e a não fazer outra. Toda a gente o faz na Comunicação Social. Eu fiz um post num Blog. (engraçado tu declaraste num outro Blog que deixarias de coloaborar com o BE se este retirasse o apoio politico a Sá Fernandes, apesar de confessares que não conheces o que se passa, e presumo que mesmo que fosse essa a vontade da maioria dos aderentes do Partido) e quem não ajuda sou eu. Ok, seja. O melhor mesmo era ficar caladinha e assobiar para o lado...mas, Fernando, não fui feita assim.
    Nunca aprendi a assobiar.

    Ah e os destinatários do post sabem quem são os destinatários do post. E sabem do post.

  • Fernando  
    10 de junho de 2008 às 23:46

    Fiquei a saber que a verdade é a TUA verdade. Que TU tens principios. Que TU não aceitas o que a imprensa não seja verdadeira e isenta. Sublinho isto porque TU fazes sempre estas afirmações como que em contraste com os outros, no caso comigo. Avancemos.

    Eu percebo que não respondas às minhas questões. É difícil explicar que uma "tendência" envie uma nota de "clarificação" ao DN quando não é parte nessa reportagem, mas sim o Bloco, o Louçã e a Esquerda Nova. E porque manda essa nota? Pois ...apenas para clarificar uma coisa MUITO IMPORTANTE. "que não foi a Esquerda Nova, como dizia o DN que criticou o acordo mas foi a Luta Socialista e que a Esquerda Nova também apoiou. MUITO IMPORTANTE! Depois para disfarcar também dizem que Louçã não foi "forçado" a nada. OK o Louçã "agradece" embora nem ele nem o Bloco achasse que isso fosse necessário.

    Pois, mas o Luta Socialista é que tem principios, luta pela imprensa isenta e verdadeira.

    Também quanto ao teu post dizes nada ...porque aqui não o entenderiam, "não sabem do que estamos a falar", pois é Isabel, mas eu nem aqui nem aí. Aliás ele não era para ser entendido, era assumidamente só para ser entendido por alguns ... mas cheio de acusações, ataques, criticas, insinuações que tudo indica tinha como destinatários pessoas do Bloco. E isso é que grave. Porque deixas no ar acusações graves que qualquer militante ou simpatizante do Bloco não pode deixar de se interrogar ...mas o que é que se passa? Mas o Bloco é isto? Compadrios, esquemas, golpes palacianos, deslealdades... Por favor Isabel sê clara ou diz isso apenas às pessoas. As insinuações não casam com os principios que dizes defender.

    Sobre o acordo: também continuo a achar que ele foi importante. E que o se já conseguiu foi muito importante. Espera-se que se cumpra tudo e que se falhar, não seja por culpa de falta de empenhamento ou de vontade de SF nem do Bloco.

    Quanto ao comentário que fiz no arrastão peço-te que não manipules, por favor. O que eu disse, mais ou menos foi isto, em resposta ao poste às afirmações do Daniel: se não se pode acusar SF de falta de lealdade pessaol e política, se SF cumpre o acordo, se globalmente se reconhece a SF um bom trabalho, se apesar disso se confirmar que há uma tentativa de afastar SF ou o levar a demitir-se (a que a série de informações, declarações, entrevista de Louçã à Antena 1 (de que só ouvi o destaque, portanto fora do contexto)então, nesse caso, eu afastar-me-ia. Foi isto que eu disse, Isabel, portanto o que tu dizes atrás é uma manipulação das minhas afirmações, desculpa que te diga com toda a frontalidade.

    Já agora deixa que te diga. Não conheço SF de lado nenhum. Conheço apenas o seu trabalho de grande empenhamento cívico, em prol de Lisboa e dos lisboetas de há muitos anos. Relembro-te que não foi SF que foi pedir o apoio ao BE para se candidatar. Ainda antes do BE tomar posição já SF se tinha disponibilizado para ser candidato. Para mim foi um casamento perfeito. O trabalho de Sá Fernandes foi verdadeiramente extraordinário quando ainda não era vereador. Agora como vereador executivo está a experimentar algumas dificuladades naturais. De certeza cometendo erros. Mas o que me está a parecer é que sendo ele um homem de acção, lguém que incomodou muita gente e muitos interesses, está a sofrer uma campanha muito forte, em todos os sitios e lugares, por actos e omissões, pelo que faz de bem e de mal. Talvez seja isto não sei, que está a incomodar os dirigentes do Bloco.Temem um desaire eleitoral. Mas a honra e a lealdade não se vendem, defendem-se. Já agora deixa que te diga para terminar que acho perfeitamente normalissimo que SF tivesse ido a sessão promovida pela concelhia do PS, a pedido destes, para debater as questões do seu pelouro. Se bem me lembro num dos encontros autárquicos do Bloco (onde te conheci pessoalmente) também foi convidado um membro do PS, como técnico, penso que era o responsável por um projecto de lei autárquica (mas que acabou por não comparecer por motivos que não me lembro agora).

    Também não assobio para o lado Isabel, mas aprendi a distinguir o essencial do acessório e acima de tudo não alinho em grupos.

    Admira-me que nunca me tivesses questionado porque não aceitei ocupar a vaga na Mesa Nacional

  • Isabel Faria  
    11 de junho de 2008 às 10:00

    Vou deixar o resto para quando tiver tempo de ler tudo. Mas explica-me só o teu último parágrafo. Não sei do que estás a falar, logo nunca te poderia ter questionado.
    Há(houve) uma vaga na Mesa Nacional? Pelo que sei na Mesa Nacional não há vagas. Há lugares que se ocupam conforme os resultados eleitorais da Convenção e depois se vão alterando, seguindo a ordem das listas, se algum camarada resolver abdicar do seu lugar.
    Sinceramente nem me lembrava que tinhas feito parte da Lista A. Fizeste? E saiu alguém ?
    A sério que essa parte me passou ao lado.

  • Fernando  
    11 de junho de 2008 às 11:14
    Este comentário foi removido pelo autor.
  • Fernando  
    11 de junho de 2008 às 11:16

    Sim,fiz parte da lista A candidata à Mesa Nacional e não fui eleito. Pelo método Hondt seria o próximo a entrar.

    Na antevéspera da última Mesa Nacional recebi um telefonema (não fixei o nome de quem me telefonou) a informar-me que um camarada teria abdicado do lugar e fui chamado a ocupar o lugar deixado vago. Acabei por não aceitar.

  • Isabel Faria  
    14 de junho de 2008 às 14:57

    Fernando, não sabia que tinha ficado um lugar vago na MN. Creio que não fomos informados, nem de quem saiu nem de quem entrou de novo.
    Sinceramente, e mesmo que não me peças a opinião, penso que fizeste mal.
    Talvez pudesses entender algumas coisas que, como compreendes, não dá para trazer cá para fora (apesar de achar que se deveria encontrar maneira de fazer chegar a todos os aderentes).
    Talvez entendesses um pouco melhor o que se passa em Lisboa e talvez te apercebesses que a Moção C não está na MN para criar divisionismos nem com agendas escondidas.
    Sinceramente lamento imenso a tua decisão.
    Mas aqui fica então a pergunta quenão podia ter feito antes: porque não aceitaste?

  • Fernando  
    15 de junho de 2008 às 00:32

    Coisa estranha não é Isabel, quando membros da MN não sabem que alguém abdicou. Mas talvez quem iria abdicar tivesse repensado e continuado.
    Não sei se decidi mal ao não aceitar. A verdade é que já não sinto motivação para entrar em certos combates. Hoje, perdeu-se o espirito inicial da critica e do debate construtivo e o que se vê, lê e se ouve são criticas destrutivas, ataques desmedidos, insinuações graves, vejo deslealdades, e "adivinham-se" indignades, por parte de muita gente com responsabilidade, o que a meu ver, fere de morte o projecto do Bloco numa fase ainda precoce da sua existência.

    O Bloco é uma organização centralista, sulista e elitista, para parafrasear alguém. Os outros andam todos a tentar perceber nas entrelinhas o que se passa.

    Eu veria com bons olhos as tendências se fossem uma espécie de consciência critica, mas não é isso que vejo, especialmente com a Luta Socialista, e como também não acredito que exista unidade política e ideológica, para se constituirem como alternativa, não deixa de ser qualquer coisa esquisita, uma mescla de interesses muitos contraditórios. A nota ao DN é inqualificável em minha opinião.

    Só uma coisa me prende ao Bloco neste momento: é que no essencial tem genericamente as propostas políticas com as quais me identifico. Já sobre o projecto umas vezes ainda me iludo e acredito como foi a festa de Lisboa, para de seguida pensar que se não se trata apenas de marketing político (que não condeno, antes pelo contrário, mas desde que concorra efectivamente para um projecto de unidade e convergência real das esquerdas)e não folclore.

  • Isabel Faria  
    15 de junho de 2008 às 18:02

    Há algumas coisas que não entendo no /do teu raciocínio. Acusas-nos de ser uma coisa esquisita qualquer ( a da mescla de interesses é forte - gostava de tentar perceber quais achas que são os meus..), acusas o BE de ser aquelas coisas todas, mas, continuando a acreditar no Bloco como projecto político, pareces desistir de lutar por ele.

    Numa coisa te dou razão: os outros andam todos nas entrelinhas a ver o que se passa. Mas por isso e´que não desisto de lá estar, na MN, no Sábado. Nem de estar na Concelhia na Quinta. Nem de continuar a estar de peito aberto a tentar lutar pelo que considero ser correcto. Não tenho nenhum interesse escondido. Seguramente que cometo erros. De um não me podem acusar: de falta de estar nos lugares, às vezes a levar porrada, mas lutando por aquilo que acredito. Pelo Bloco que acredito. Pode ser o Bloco errado? Quem sabe...mas faço-o convictamente.

    Por isso acho que efectivamente fizeste mal. Até pela 1ª razão que enumeraste: eu quero estar num Partido em que me é dado a saber que um camarada da MN pediu para sair (ou teve que sair).
    Mas para ter este Partido, nestas pequenas coisas e nas outras, para discutir que Partido queremos, para lutar por ele, temos que cá/lá estar.

    Não é uma critica à opção que tomaste (quem sou eu e que direito tenho para o fazer?)é, apenas, uma declaração de interesses: não me apetece ainda desistir de lutar pelo "meu" Bloco.
    E não penso que isso seja uma coisa má, como tu escreves quando falas na MINHA verdade e nos MEUS princípios, como se estar convencido de que temos razão ou que os nossos principios são correctos, fosse um crime...
    Ainda ninguém me convenceu que é errado lutar-se por aquilo que se acredita, Fernando...e também ninguém me convenceu que é mais acertado lutar pela verdade dos outros e pelos principios dos outros que pelos nossos.
    Se queres que te diga, acho que a ti também não. E se queres que te dia mais, ainda bem para nós.

    Prefiro que me chamem sectária a que me chamem conivente. Prefiro que me chamem convencida a que me acusem de meter a cabeça na areia.
    Apesar de não me considerar nem uma coisa nem outra...e de achar algo injusto que me acuses disso. Mas quem é que é bom juiz em causa própria, né??

  • Fernando  
    15 de junho de 2008 às 22:26

    Começando pelo fim: não Isabel, não te considero uma convencida e muito menos alguém que meta a cabeça na areia.

    O que penso é que te fixaste obsessivamente num plano de intervenção política que não condiz contigo e que se expressa com alguma "arrogância" na forma mas também no conteúdo, para mim estranhamente, em particular sobre a (nossa) ou a tua) visão do papel do Bloco (o chamado projecto e não Isabel o que começo a desacreditar é do projecto, porque das políticas, mais ou menos concretas, continuo a estar de acordo no fundamental) que é, deve ser, em minha opinião, um instrumento (e não o instrumento mas seguramente o mais importante) confederador das várias esquerdas, o que significa ter a capacidade de "baixar" as nossas posições em nome de maiores convergências, num processo sério e descomprometido, de (des)construção ou reconstrução ideológica, com calma, serenidade, lealdade.

    Era este o "meu" Bloco. Talvez com alguma ingenuidade. Talvez. Mas foi este projecto que me fez voltar à política partidária e agora enfim, começa a chegar a desilusão. Quase me apetece dizer como o Zé Mário: não sou eu que saio é o Bloco que sai de mim.

    Quanto a ti acho que há um antes e depois de qualquer coisa que não conheço bem. Mas há, em minha opinião, uma mudança de atitude ou então enganei-me bem. Mas se há uma coisa que não posso negar e por isso acho que me percebeste mal, nunca (te) disse (ou então fiz-me entender mal) melhor dito nunca pensei que metesses a cabeça na areia para o que quer que fosse. Posso não concordar com as tuas posições e opiniões mas fugir ao combate político não cola contigo.

    O facto de não querer entrar neste debate é porque acho que ele está a ficar viciado. E sinceramente já não tenho pachorra para discussões de lana caprina. Ou para grandes teorias políticas.

    Deixo-te com uns extractos de uma coisa que escrevi a propósito de um debate que se ensaiava na blogosfera, para não estar aqui a "inventar".

    " ...discussões e polémicas do género, são recorrentes e no que me toca já a tive a minha parte, há muitos e muitos anos, quando militei na OCMLP (organização comunista marxista leninista portuguesa) e a esquerda (à esquerda do PCP) se entretinha em discussões estéreis, indubitavelmente sectárias e intolerantes, mas com o mesmo denominador; estarem desligadas dos problemas reais das pessoas e das suas necessidades objectivas." (...)
    "...Apenas, pretendo deixar um alerta, como homem de esquerda; não se distraiam com coisas acessórias, com pontos finais e virgulas, com pequenas diferenças políticas cujo importância política, poderá interessar para o novo milénio. A esquerda já perdeu demasiado tempo. O que importa agora é o momento. A vida concreta das pessoas: como resolver o problema do desemprego, pagar a renda de casa, os livros dos filhos, os encargos bancários, acabar com a pobreza, dar de comer a quem precisa, uma casa a quem não tem onde dormir, protecção e segurança social aos idosos, integrar os excluídos, respeitar as diferenças, acabar com as guerras…

    As pessoas de esquerda, sem deixar de cair os grandes sonhos, as suas saudáveis utopias, precisam de ser mais práticas, em nome dos que sofrem hoje. Deixando de lado, vanguardismos ou arrogâncias intelectuais e actuando com muito humildade democrática. Para ganhar a maioria social. Para ganhar o poder. Para dar combate a políticas injustas e capitalistas. Por uma esquerda nova, adulta, de confiança."

Enviar um comentário