A um criminoso também se aplicam as leis  

Mário Machado o neo-nazi, líder de uma organização fascista o Portugal Hammerskins e responsável directa ou indirectamente por um conjunto de agressões e de uma morte, foi libertado condicionalmente, depois de mais de um ano em prisão preventiva, ficando a aguardar o julgamento por ameaças à integridade física, por agressões, extorsão e posse de armas.

Eu sou um defensor das liberdades. Mesmo da liberdade de quem é contra as liberdades. Ou, como é o caso, defenda ideais hediondos. Nunca me oporei a que defendam as suas ideias mas contarão sempre com a minha oposição aos ideais fascistas. Com todas as minhas forças e pela força quando estiverem em causa as liberdade e o respeito pelos direitos humanos.

Depois de mais de um ano em prisão preventiva, Mário Machado foi libertado e em minha opinião bem. Tal como o Bastonário da ordem dos advogados congratulo-me pela sua liberdade condicionada. Mais tempo de prisão sem julgamento era desproporcionado em minha opinião, face às acusações. Um criminoso também tem direitos e as leis devem ser iguais para todos. Mário Machado é um criminoso. É um delinquente perigoso. E nessa medida justificou-se a prisão preventiva. Como agora se justificam as alterações nas medidas de coação. Tudo tem o seu tempo. Agora há que esperar pelo julgamento. E esperar ...pela sua condenação.

Mário Machado não era (não é) um preso político como afirma; era (é) alguém acusado de crimes de violência física, extorsão e posse de armas. Mas poderia, a prolongar-se a sua prisão preventiva, afirmar com alguma razão que a sua prisão tinha contornos de perseguição política, não obstante ser ilegal a sua actividade por pertencer a uma organização proibida pela Constituição Portuguesa . Mas, pessoalmente, 34 anos depois de Abril, não gostaria de ver este país com presos políticos.


1 comentários

  • Anónimo  
    14 de maio de 2008 às 21:44

    A nossa Pseudo-Democracia é branda demais. É uma contradição constitucional que este 'pessoal' possa organizar-se políticamente...
    Um Abraço

Enviar um comentário