Mudar de vida, pois claro!  

Observando o que se passa no PSD cada vez estou mais convencido que o PS vai ganhar as próximas eleições legislativas com uma nova maioria absoluta. Desta vez sem precisar de mentir para ganhar à vontade. Em política a mentira parece não ser um problema. A palavra dada não vale nada. Os eleitores também não cobram a trapaça política. E na dúvida, nada que um passe de magia negra, de uma qualquer agência de comunicação e propaganda, não fosse capaz de nos criar a ilusão de que não vimos o que vimos, não ouvimos o que ouvimos, não lê-mos o que lê-mos. Mas habituados que estamos a representar papéis de faz de conta nem sequer seria preciso. Em 2009, uma vez mais vamos fazer de conta. Fazer de conta... para fazer pela vida. Não foi assim que nos ensinaram, não foi?

“…chatices, preocupações… entretém-te filho, entretém-te! Deixa-te de políticas que a tua política é o trabalho, trabalhinho, porreirinho da Silva, e salve-se quem puder que a vida é curta e os santos não ajudam quem anda para aqui a encher pneus com este paleio de Sanzala e ritmo de pop-xula, não é filho? (do FMI de José Mário Branco)

Mas também que alternativas temos? O PSD é um saco de gatos assanhados à procura do poder, de lugares políticos, para trepar na vida, sem trabalho nenhum. Não lhes resta um pingo de credibilidade! O CDS é um grupo de meninos bem, de filhinhos de papá deslumbrados com a exposição mediática, a proximidade ao poder, enfim uns rapazes pequenos brincando à política no palco do parlamento, de quem não se pode esperar nada de bom para o Povo.

À esquerda o PCP é contraditório, conservador e inconsequente. O Bloco tem propostas políticas consistentes, tem coragem, ousadia, bons quadros políticos, mas precisa de assumir com clareza, o seu projecto político, custe o que custar, se quer ganhar credibilidade e ser a alternativa socialista da esquerda.

Entretanto vou andando por aí com as minhas inquietações, lutando por uma sociedade melhor para todos. Uma sociedade mais justa e mais digna!

Cá dentro inquietação, inquietação é só inquietação, inquietação, porquê, não sei, mas sei que essa coisa é que é linda. (de Inquietação de José Mário Branco)


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