Em 2008 os combustíveis subiram 14 vezes em Portugal
Postado por: Fernando
no dia 30 abril 2008
O Presidente da ANAREC (Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis) tem razão ao afirmar que não se justifica o aumento dos preços dos combustíveis porque a valorização do Euro face ao Dólar, compensa o impacto da subida do petróleo.
É só fazer as contas: quanto subiu o preço do barril do petróleo em dólares quanto valorizou o Euro face ao dólar.
A não ser à luz de uma vergonhosa e ilegal política de concertação de preços das empresas petrolíferas e de uma distracção da Autoridade da Concorrência, este aumento dos preços é incompreensível. Com estes aumentos os preços dos combustíveis sobem pela 14ª vez este ano, sendo o país da Zona Euro (dos 15) que mais tem subido os preços, antes dos impostos e onde as empresas petrolíferas têm visto os seus lucros aumentar exponencialmente.
O Governo não pode ficar calado sobre este assunto sob pena de ser tomado como cúmplice com uma situação que beneficia o Estado com o acréscimo de receitas do IVA. Esta situação é verdadeiramente insustentável sabendo-se que estes combustíveis derivados do petróleo assumem uma cota grande, importante e insubstituível, na economia pessoal e empresarial.
A continuar esta escalado de preços, o Governo tem de baixar o imposto sobre os produtos petrolíferos, não me parece haver outra saída. Mas também e antes de mais deve pressionar a Autoridade da Concorrência para investigar a existência ou não de uma cartelização dos preços dos combustíveis.
Porque não queremos “embalar a trouxa e zarpar”… para Espanha, por exemplo!
30 de abril de 2008 às 20:59
é uma roubadia !!!!
gostei muito da foto...é um bom resume da situação.
Esses aumentos também são maus para os emigrantes...
Beijinhos
30 de abril de 2008 às 22:48
Isto é incrível.
Como é possível as maiores empresas petrolíferas a operar em Portugal operarem com, praticamente, os mesmos preços de revenda? Onde estão as leis de mercado? A valorização do euro face ao dólar, dúbio?
Parece óbvia uma cartelização deste mercado.
Quanto á descida do isp. A curto prazo talvez mas poderíamos ter uma descida de um imposto e um aumento de lucro para a empresa sem qualquer benefício para o consumidor (já vimos isto acontecer algumas vezes.)
Cuidado, porque praticamos uma taxa de isp máximo que só deveria estar aplicada em 2012 devido a uma directiva europeia. Se baixarmos agora aliviará hipoteticamente o preço a curto prazo mas médio voltará a subir e em "força".
30 de abril de 2008 às 23:49
Eu só gostava de saber é quem, além do estado, se tem abotoado com tanto dinheiro? Eu só gostava de compreender é porque é que - há tanto tempo que estas contas andam na blogosfera! - só agora é que começa a ser indisfarcável a fraude mais descarada de que há memória: afinal o preço do barril em euros ainda não aumentou!
Um abraço dum popular pacato