Faça alguma coisa por si  



Não abasteça nestes dias ou deixe o carro em casa.

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Galp, BP, Repsol, multadas por cartelização de preços em Espanha  

Não, não foi em Portugal nem no que respeita aos preços dos combustíveis. Foi em Espanha e por concertação de preços. "Estas empresas partilharam o mercado do betume para asfalto em Espanha e concertaram os preços" foi a conclusão da União Europeia que multou aquelas e mais outras duas empresas em 183 milhões de euros.

Talvez um dia, se o Governo português fizer alguma coisa por isso, e no que respeita aos preços dos combustíveis, em Portugal, possa haver uma coisa semelhante.

(via Remisso por via Zero de conduta)

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Um sinal de esperança  

... o comício, no dia 3 de Junho, de pessoas de esquerda, que não se revêem nas políticas neoliberais dos partidos do Bloco Central é um renovar da esperança, um revigorar de alma, um retomar de caminho, um novo estímulo ao combate político, para uma nova esquerda, irreverente, moderna, não sectária, em permanente (des) construção e renovação ideológica, mas agrupada nos valores distintivos da esquerda:a defesa do Estado social, dos direitos humanos, da paz, do emprego para todos, da justa retribuição da riqueza...

Com uma oposição incapaz de contraditar as políticas e a propaganda do Governo, com um povo resignado e complacente, com um programa de reformas mais leve a fechar e com uma conjuntura económica mais favorável, o Governo parecia galgar vitorioso até 2009, com grande exuberância, sobranceria e arrogância, sem que se vislumbrasse quem pudesse impedir esta marcha triunfante, não fosse a crise internacional e a descoberta de que a pobreza e as desigualdades sociais e económicas se instalaram em Portugal de uma forma arrepiante.

O Partido Socialista de Sócrates acabou com o resto de alma socialista, deitou fora as promessas eleitorais, o programa eleitoral, o programa do partido, borrifou-se para os militantes, simpatizantes e eleitores e governa por sobre a acostumada apatia e indulgência dos portugueses, apoiado, numa eficaz e capciosa máquina de comunicação, para atraiçoar as esperanças e os sonhos de muitos portugueses.

Hoje, ironicamente, o país está mais à direita, com um governo de “esquerda” do que com os governos de direita. Para a história ficará um Partido Socialista a realizar políticas de direita que nenhum governo de direita, alguma vez conseguiu e que não tem paralelo na Europa e que própria direita teria pudor de consumar. O PS está hoje, circunstancialmente ou não, confiscado por políticos com princípios neoliberais e internamente não se descortinam alternativas e vontades, competentes e credíveis, para ensaiar uma tentativa de inversão destas políticas, sendo que as dificuldades são imensas, por causa de uma conseguída propaganda que as faz chegar como inevitáveis e únicas.

Por outro lado a restante esquerda partidária, no debate político e ideológico, na apresentação de propostas concretas, na afirmação de políticas alternativas, não consegue perante o povo de esquerda, marcar as diferenças, aparecer como uma opção credível ou mesmo ser capaz de se entender em políticas comuns mínimas, suficientes para mexer as águas, agitar consciências, desenvolver inquietações, em particular dentro do Partido Socialista, de forma a alimentar descontentamentos e provocar fissuras ou roturas definitivas com as políticas seguídas.

Estando o PS tomado por políticos com princípios neoliberais e a realizar com sucesso as políticas da direita, seria espectável um suplemento de embaraço nos partidos à direita e uma oportunidade dos partidos à esquerda. Há direita os embaraços são evidentes com um PSD destrambelhado e um CDS sufocado. O escorregamento para a direita do PS lançou o pânico às hostes do PSD ao pressagiarem um longo afastamento da governação, depois de o PS ter ocupado o espaço político que era o deles. Os rapazes do CDS por sua vez andam de cabeça perdidos, sem ideias, sem propostas, sem saber que fazer para não fenecer. A direita está perturbada. As eleições para líder do PSD exibem os sórdidos e inconfessáveis interesses pessoais e/ou a soldo de gente poderosa que fazem com que o PSD se mexa, ao ponto de perderem a compostura com insinuações grosseiras, ataques raivosos, ofensas pessoais e acusações de toda espécie e feitio. De há muito que se fala na refundação da direita portuguesa. Parece ter chegado o momento. Se por acaso querem chegar ao Governo do país na próxima dúzia de anos.

Mais à esquerda o PCP não quer mudar nada na esquerda. O PCP é a esquerda e o resto é paisagem. O PCP não busca soluções, convergências, alternativas, para uma esquerda nova. Hoje o PCP resume-se a uma oposição conservadora e corporativista e a um protesto de rua pouco eficaz. Para o PCP basta a CGTP como instrumento no combate político para conseguir pouca coisa e o salvo-conduto da memória da luta antifascista, para fixar os militantes. O Bloco tem nos últimos tempos encetado um caminho mais de afirmação própria, determinado em crescer eleitoralmente, de que se constituir como um movimento amplo das esquerdas, na aposta de construir uma alternativa séria de poder. Enfim, nada de bom se nos afigura pela frente.

Nota 1) o comício, no dia 3 de Junho, de pessoas de esquerda, que não se revêem nas políticas neoliberais dos partidos do Bloco Central é um renovar da esperança, um revigorar de alma, um retomar de caminho, um novo estímulo ao combate político, para uma nova esquerda, irreverente, moderna, não sectária, em permanente (des) construção e renovação ideológica, mas agrupada nos valores distintivos da esquerda: a defesa do Estado social, dos direitos humanos, da paz, do emprego para todos, da justa retribuição da riqueza.
Nota 2) o debate de hoje no Parlamento mostra um Primeiro-ministro crispado e insolente, especialmente para com o Bloco de Esquerda e muito particularmente com Francisco Louçã. Hoje chamou-lhe mentiroso por alegadamente Louçã ter dito uma inverdade (a do Presidente da UGT ter andado em sessões de esclarecimento, tal como Sócrates, com militantes do PS sobre o código de trabalho - e que é verdade conforme o testemunham várias noticias de imprensa nunca desmentidas) e cobarde por ter citado o nome do referido dirigente sem ele estar presente. Bem, de tão ridícula esta acusação nem merece comentários. O que fica para a história é a reacção enérgica e justificada de Louçã em relação a Sócrates e aos "uivos" dos deputados do PS.

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Os homens maciços cavam-se por dentro  

Na SIC-Notícias ouço Manuela Ferreira Leite a sugerir que nos habituemos à precariedade, porque tudo agora é precário. É uma dissertação fraca e rasca. Uma proposição das pessoas rendidas e acomodadas. Mas é sobretudo, vindo de líderes políticos, um discurso dos incompetentes e dos vendidos. Esta gente rendeu-se ao poder económico e pretende que os outros se resignem. Como se tudo fosse uma inevitabilidade! Como se não houvesse alternativas a politicas sociais e económicas que não carregam obrigatoriamente mais desemprego, mais instabilidade, mais desigualdades, mais pobreza. Tudo é precário no sentido de que tudo tem um fim. Mas esta precariedade não é ausência de direitos. Não são indignidades. Não é todo um percurso de vida precário.

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a playlist da rapariga da casa  

Aqui abaixo e na coluna do lado fica a playlist das músicas da minha rapariga de casa. São dez músicas de que gosta muito. Diz que haveria outras que poderiam figurar e até mais, mas a sua opção recaiu sobre músicas melodiosas, leves, "crónicas de amor" com mensagens simples mas muito significativas.

Espero que gostem. Fica também um desafio aos amigos frequentadores habituais deste espaço: construam a Vossa própria lista de músicas e enviem-me por mail o nome da música e do cantor (a). Depois o trabalho é meu; o de procurar as músicas e construir a Vossa playlist que será publicada e ficará disponível para todos. Obrigado, rapariga da casa!

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Deixem falar Mário Soares.  

O artigo de Mário Soares publicado no Diário de Notícias pode deixar uma dúvida: Mário Soares está verdadeiramente preocupado com o acréscimo da pobreza e das desigualdades sociais e da vergonha de Portugal ser o país da Europa com mais desigualdade na distribuição da riqueza ou o que o preocupa é um hipotético crescimento do PCP e do Bloco nas próximas eleições legislativas que possam retirar a maioria ao PS?

Sinceramente acredito que Mário Soares está preocupado com a situação do país. Mas justamente por essa razão é absolutamente lamentável e despropositada a referência ao PCP e ao Bloco, que permite a interrogação sobre as razões dessa alusão.

Mário Soares tem idade, sabedoria e cultura democrática mais que suficiente, para deixar o papel de tutor da democracia, deixar de agitar papões e aceitar as regras do jogo sem temores, numa democracia consolidada. Deixar para os cidadãos, ao fim e ao cabo, a avaliação livre do exercício da governação, já de si condicionada, por um sistema que protege os mais fortes. E abandonar a ideia rapidamente de que o poder se reparte entre o PS e o PSD se quer julgado com seriedade democrática.

Dito isto não acho que Mário Soares se deva calar, como muitos acham. Mário Soares faz muito bem em falar. Mário Soares é uma figura incontornável da democracia e de militante da cidadania. Mário Soares é um combatente da democracia, dos direitos cívicos, das liberdades. Mário Soares disse e fez, e ainda diz e faz, muitos disparates, mas, acredito, pensando que era o melhor para o país e para os portugueses. E por isso tem o meu crédito, mas não a minha concordância, como é óbvio em muitas das suas opções … e especialmente como governante.

Neste artigo penso que mais do que outra coisa, Mário Soares pretende insinuar uma diferença com Sócrates: é que se Mário Soares, meteu o socialismo na gaveta (mas que poderia ser retirado a qualquer momento), Sócrates meteu o socialismo no caixote do lixo. E isso é uma grande diferença!

São bastante significativas estas passagens, a marcar a diferença entre os dois: “ … depois de duas décadas de neoliberalismo, puro e duro, (…) uma boa parte da esquerda, dita moderada e Europeia, parece não ter ainda compreendido que o neoliberalismo está esgotado (…) que a saúde, a educação, o desemprego, a previdência social, o trabalho, são questões verdadeiramente prioritárias (…). Urge fortalecer o Estado para os tempos que aí vem e não entregar a riqueza aos privados. Não serão eles [os privados], seguramente, que irão lutar, seriamente, contra a pobreza e reduzir drasticamente as desigualdades”.

Que me desculpe quem não concorde. Não deixem calar Mário Soares!

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Lê-se e não se quer acreditar  

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Boicote! Deixemos-nos de lamúrias  




Num país em que tanto há fazer em matéria de apoio social aos mais carenciados, a Galp pretende uma diminuição da carga fiscal, para travar a escalada do aumento dos preços dos combustíveis.

É muita desfaçatez!

A Galp que lucra por dia 1,2 milhões de euros permite-se fazer chantagem sobre os consumidores e quer pôr todos os portugueses a sustentar os seus lucros quando bastava apenas diminuir um pouco os mesmos ou não fazer especulação, para os combustíveis estarem no mercado a preços aceitáveis.

Enquanto o Governo finge que não é nada com ele, nós só temos um caminho: o boicote! Já.

Eu já decidi.

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O melhor  



Fez dois anos ontem o Arrastão. Sobre ele já disse que é o melhor blogger português. Escreve bem, é competente, é polémico e ...quase sempre concordo com ele (que não é a mesma coisa que ele concordar comigo). Afirma-se social-democrata de esquerda (bendita social-democracia!) mas está mais à esquerda (na esquerda), que qualquer inflamado "esquerdista". É militante do Bloco de Esquerda de base por vontade própria para dedicar mais tempo ao comentário político, a sua grande especialidade, depois de ter sido um dos seus mais destacados e competentes dirigentes. O Daniel de Oliveira está de parabéns!

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da semana o que ficou por dizer.  

O tempo não dá para tudo. Em três ou quatro pontos algumas notas sobre umas coisas que não podem deixar de ser comentadas, não cronológicas.

Mais uma mentira do Governo e o Ministro que cumpra a palavra demitindo-se.

1 - O Governo PS fingia que não havia passagem de voos da CIA com destino a Guantanamo. Chegou mesmo a boicotar um inquérito de uma comissão do Parlamento Europeu. O Ministro dos Negócios Estrangeiros punha as mãos no fogo pelos antecessores e dizia que se demitia se houvesse confirmação dos voos. Ora aí está a confirmação. Os EUA utilizaram o espaço aéreo português para transportar prisioneiros para a base de Guantánamo uma prisão ilegal para onde são levados prisioneiros supostos "terroristas" sem nenhuma condenação, sem julgamento e sem protecção jurídica. O Governo português mentiu mais uma vez. O Ministro Luís Amado devia demitir-se.

A ETA terrorista foi decapitada. Uma boa notícia.

2 - Depois de já ter dado vivas à ETA, no franquismo e particularmente aquando da condenação à morte de militantes nacionalistas, de há muito que digo abaixo a ETA. Em democracia a luta armada, os atentados terroristas, os assassinatos, não são argumentos para convencer da bondade das propostas políticas. A prisão de altos responsáveis da ETA nos últimos dias só podem ser um grande motivo de satisfação. Abaixo a ETA viva a luta dos povos de Espanha.

Ser pobre não é desculpa.

3 - As perseguições, espancamentos, os cruéis assassinatos, sobre imigrantes africanos, na África do Sul, protagonizados por aqueles sofreram as agruras do abjecto apartheid não pode deixar de merecer uma reflexão ainda que breve. É-se xenófobo, racista, cruel, criminoso, por carácter, por natureza ou por formação. Não se é pela cor da pele, pela condição social, pela ideologia. Não têm desculpa. São uns assassinos, simplesmente.

Os tiranos são os seres mais abjectos

4 - A recusa de auxílio das autoridades Birmaneses ao seu povo, por via das intempéries que avassalaram o país e que provocou incontáveis mortes, revelam quanto são criminosas as ditaduras e criminosos os ditadores. Sem perdão.

Vontade de vomitar

5 - A tentativa de Sócrates de ridicularizar o Louçã no último debate quinzenal, por este ter associado os aumentos dos preços dos combustíveis, à especulação das empresas petrolíferas e chamado à atenção para os lucros "astronómicos" - 1,2 milhões de lucros por dia, provocou-me um profundo asco. O Governo querendo mostrar que não interfere nas empresas privadas, quer fazer de nós todos uns parvos e uns ignorantes como se o Estado não tivesse uma participação na Galp. Como se não soubéssemos que este aumentos dos preços são construídos de forma especulativa. Sócrates que nunca interveio ou pediu a intervenção da Autoridade da Concorrência, para esclarecer a brutalidade dos aumentos e uma provável cartelização, vem dar lições de ética política, chamando de demagogo a todos os que se lhe opõem. A Sócrates falta-lhe em sensibilidade social e humildade democrática o que lhe sobra em arrogância e autismo. E é um grande mentiroso!

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Para os ricos (e chico-espertos) tudo, para os pobres ... caridade (mas não muita!)  



Somos os primeiros: os ricos (e uns quantos novos ricos) estão cada vez mais ricos e os pobres estão cada vez mais pobres. Cresce o fosso entre ricos e pobres. Um desonroso e vergonhoso primeiro lugar.

Não há forma de iludir os números. Não há "sacudir da água" que desmintam os números. Somos o número um na Europa com mais desigualdade na distribuição dos rendimentos. Uma vergonha e um nojo! Mais de trinta anos a governar o país em democracia, os partidos do Bloco Central (ditos de socialistas e sociais-democratas) é esta nódoa que têm para apresentar ao mundo!

Os verdadeiros socialistas e sociais-democratas (que votam no PS e PSD) deviam sentir-se particularmente envergonhados. Eu tenho a vergonha e nunca votei neles.

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A Estrada Nacional 13 vai entupir este Sábado.  

(imagem do percurso "alternativo" pelo interior da Póvoa do Varzim)

Mais de 60 mil pessoas subscreveram o abaixo-assinado contra a introdução de portagens nas SCUT’S do Norte Litoral, Costa da Prata e Grande Porto.

Agora falta o resto; a luta das populações, a única forma de impedir a concretização desta medida. As populações foram enganadas. O PS nas eleições declarou-se contra estas portagens e o Governo disse que não haveria portagens enquanto cumulativamente não estivessem ultrapassados as seguintes condicionantes nas zonas atravessadas pelas SCUT’S:
a) o baixo produto interno bruto -um grau de riqueza baixo,
b) os baixos índices de poder de compra,
c) a inexistência de alternativas ou havendo um percurso alternativo que não tenha um tempo superior a um terço da via rodoviária principal.
Ora nenhum destes pressupostos está cumprido apesar do Governo, habilmente, ter alterado os critérios de desenvolvimento económico, de modo a valorizar estatisticamente o que na realidade concreta não aconteceu; a melhoria da riqueza e do poder de compra na maioria dessas regiões.

E quanto às alternativas continua tudo na mesma; não existem. E mesmo que por hipótese absurda se considerasse a EN13 como alternativa, o critério do tempo ultrapassa largamente um terço do tempo da A28. Conforme cronometragem feita no anterior protesto, para uma viagem de 30 a 40 minutos na A28 entre Viana do Castelo e o Porto na EN13 serão necessárias mais de 2 horas e meia.

(tabela de tempos medidas em dois períodos pela A28 e pela EN 13)

Assim continuam válidos todos argumentos para a não introdução das portagens e que foram bandeira de todos os partidos políticos nas últimas eleições legislativas:
a) como forma de aproximar as regiões, a cultura e as pessoas, nas zonas mais desfavorecidas,
b) para dar fôlego à actividade económica,
c) como resposta à falta de alternativas de transportes credíveis e em razoável estado rodoviário.
No dia 24 de Maio vamos pois todos para a rua: de carro, camião, moto, ou qualquer outro veículo motorizado. A partir das 14h30 em Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Aveiro, Gaia, Maia e outras localidades, partiremos todos em direcção ao Porto pela EN 13 para dar força a esta luta. Vai ser uma grande jornada!

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Não havia necessidade  


A ministra para a Igualdade de Oportunidades do Governo de Berlusconi, Mara Carfagna com 32 anos é uma mulher bonita e tem um corpo escultural quase parecendo esculpido. Apesar de ser uma jovem da extrema-direita com uma fulgurante carreira política é sempre um gosto ver mulheres bonitas a fazer política.

Julgava eu que pelo seu passado liberal, no que aos "usos e costumes" diz respeito, seria suposto que a jovem Ministra compreendesse bem e aceitasse ainda melhor, as diferenças, as práticas, respeitar as orientações sexuais dos outros, no mínimo vá lá ...não ser uma falsa pudica.

O ter aparecido nua, um ou dois dias depois, na capa da revista espanhola Interviú, depois de ter pedido sobriedade aos homossexuais, não deixa de ser uma coincidência politicamente chata. Ficou-lhe mal!

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Ficou vermelha a campina  



Catarina Eufémia (13 de Fevereiro de 1928 - 19 de Maio de 1954)

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As políticas que interessam  

No último ano o número de beneficiários do Rendimento Social de Inserção aumentou em mais de 50 por cento.

É preciso dizer mais alguma coisa?

Também se ficou hoje a saber que os jovens que entram agora no mercado de trabalho, ganham menos que há dez anos atrás, apesar de uma qualificação académica e técnica superior, e que o vínculo laboral é mais precário, 80 por cento a recibo verde, e que os direitos sociais são quase inexistentes. Mais de trinta anos depois do 25 de Abril, as novas gerações correm o risco, de viver pior que as dos seus pais. Uma vergonha!

Apesar de todas as sondagens apontarem para um crescimento sustentado à esquerda, nem isso me satisfaz. Porque o essencial não muda. Uma mudança nas políticas. É preciso fazer mais alguma coisa. Não podemos ficar reféns das alternâncias de Governo no Bloco Central (ora o PS ora o PSD) e de supostos votos úteis. Não é mais meia dúzia de deputados à esquerda que vai resolver os nossos problemas. É preciso criar condições para uma ruptura a sério na esquerda. Uma nova esquerda para governar.

O Governo do Partido Socialista saiu pior do que a encomenda.

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Educar sem preconceitos!  

Não se escolhe ser homossexual! Não se escolhe o amor. Ama-se simplesmente.



Hoje é o dia Internacional contra a Homofobia!

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Acordo ortográfico? Sim, claro!  

(imagem daqui ler também texto a favor do acordo)

Dizer que defendo o acordo ortográfico é fácil mas seria uma grande presunção minha querer entrar no debate sobre as regras da escrita sob o ponto de vista técnico ou científico, pela simples razão de que me faltam competências para essa discussão. Mas a verdade é que defendo este acordo ortográfico com fundamento no que tenho lido e ouvido e das minhas próprias conclusões.

Parece-me indiscutível que um acordo sobre um vocabulário ortográfico comum nos oito países que falem a língua portuguesa só pode ser uma boa medida. Unificar a língua sem perder as variantes específicas de cada país é alargar horizontes, reforçar a nossa cultura, enriquecer a linguagem, aproximar a escrita à oralidade, aproximar-nos culturalmente aos países da lusofonia, simplificar o ensino e a aprendizagem, facilitar a compreensão.

Sinceramente por muito que me esforce não consigo encontrar nenhum argumento razoável que mostre uma desvantagem ou algum inconveniente nesta tentativa de normalizar a linguagem escrita, tão ampla quanto possível, em todos os países que falam o português. A não ser o tradicional conservadorismo português e um patriotismo bacoco, agora como no passado, de uns (não todos) velhos do Restelo, conservadores e retrógrados, complexados e preconceituosos, um pouco xenófobos e presumidos donos da língua, podem ver na unificação da língua uma suposta perda imperial.

Portugal não deve perder esta oportunidade. A língua portuguesa sempre sofreu alterações e enriquecimentos ao longo dos tempos. Não adianta estar aqui a referi-las todas. Apenas alguns exemplos: archaico, philosophia, accepção, construcção, auctor, succeder, alumno, escriptorio, comprehender, elle ou lyceo. Além do mais, na prática, a manter-se a dupla ortografia pode significar deixar para os países da CPLP (Comunidade dos Países da Língua Portuguesa), a escolha da ortografia brasileira, muito provável face ao mercado mais competitivo que o português, o que pode vir a ser um tremendo erro histórico e quase catastrófico.

Mas para um melhor esclarecimento aqui encontram controvérsia. Pela minha parte a minha opção está tomada.

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Apertar mais o cinto  


Afinal a economia portuguesa vai crescer menos do que o Governo esperava, mas que era esperado pela Comissão Europeia, pelo FMI e até pelo Banco de Portugal e ainda por todos os agentes políticos e económicos. O Governo já deu o braço a torcer e reviu as suas previsões.

O engraçado é que agora que o crescimento é o pior da zona europeia a culpa é da conjuntura internacional mas quando crescia acima da média europeia todos os louros eram das políticas económicas do Governo. O que está falhar? Será apenas um problema de conjuntura internacional? Do subprime americano? Do aumento do preço do petróleo? E as políticas de investimento? E a dinamização das exportações? E o menor "consumo" das famílias por via do fraco poder de compra e do desemprego?

O pior disto tudo é que a inflação vai aumentar e os salários vão perder ainda mais poder de compra. São anos seguídos de sacrifícios. Se juntarmos a crise do emprego, as altas taxas de juros, o aumento dos preços dos produtos de consumo de maior necessidade, os 15 aumentos de combustíveis este ano, a situação das famílias, médias e baixas, é verdadeiramente insustentável. Dos coitados dos reformados e dos idosos é melhor nem falar.

Aditamento:O Bloco de Esquerda defende um aumento intercalar dos salários e das pensões da reforma em linha com a rectificação da inflação. Nada mais justo!

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Marinho Pinto e a violência doméstica. Liberdade individual ou direito global?  


Eu percebo o Bastonário da Ordem dos advogados. Com ele comungo um dos mais nobres ideais. O das liberdades. O bastonário considera que o crime público da violência doméstica impede o exercício da liberdade individual da vítima de retirar a queixa. Eu confesso que sou sensível ao argumento.

Mas apesar de bastante liberal no que respeita às liberdades individuais, o argumento das organizações que combatem a violência doméstica é sem dúvida o único admissível. A violência doméstica é um crime que viola a dignidade da pessoa e atinge vítimas particularmente indefesas e vulneráveis. E sobre estes crimes não deve haver margem de tolerância.

Estamos assim perante dois direitos: 1) o da liberdade individual da vítima de não querer apresentar queixa; 2) o respeito global pela dignidade humana. Neste caso não há que ter dúvidas; o que deve prevalecer é o que protege os direitos colectivos e defende a parte mais vulnerável e a que mais contribui para a defesa dos direitos humanos. E os números falam por si: segundo a UMAR (União Mulher Alternativa e Resposta), este ano já morreram 17 mulheres vitimas de violência doméstica e foram apresentadas mais de 22 mil queixas.

Mas, embora não concordando com a posição de Marinho Pinto, também não encontro razões para tanta indignação. São opiniões e umas declarações infelizes mas que nos permitem discutir, reagir e discordar. E porque penso que no que respeita à defesa dos direitos humanos e das liberdade, Marinho Pinto está acima de qualquer suspeita.

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A um criminoso também se aplicam as leis  

Mário Machado o neo-nazi, líder de uma organização fascista o Portugal Hammerskins e responsável directa ou indirectamente por um conjunto de agressões e de uma morte, foi libertado condicionalmente, depois de mais de um ano em prisão preventiva, ficando a aguardar o julgamento por ameaças à integridade física, por agressões, extorsão e posse de armas.

Eu sou um defensor das liberdades. Mesmo da liberdade de quem é contra as liberdades. Ou, como é o caso, defenda ideais hediondos. Nunca me oporei a que defendam as suas ideias mas contarão sempre com a minha oposição aos ideais fascistas. Com todas as minhas forças e pela força quando estiverem em causa as liberdade e o respeito pelos direitos humanos.

Depois de mais de um ano em prisão preventiva, Mário Machado foi libertado e em minha opinião bem. Tal como o Bastonário da ordem dos advogados congratulo-me pela sua liberdade condicionada. Mais tempo de prisão sem julgamento era desproporcionado em minha opinião, face às acusações. Um criminoso também tem direitos e as leis devem ser iguais para todos. Mário Machado é um criminoso. É um delinquente perigoso. E nessa medida justificou-se a prisão preventiva. Como agora se justificam as alterações nas medidas de coação. Tudo tem o seu tempo. Agora há que esperar pelo julgamento. E esperar ...pela sua condenação.

Mário Machado não era (não é) um preso político como afirma; era (é) alguém acusado de crimes de violência física, extorsão e posse de armas. Mas poderia, a prolongar-se a sua prisão preventiva, afirmar com alguma razão que a sua prisão tinha contornos de perseguição política, não obstante ser ilegal a sua actividade por pertencer a uma organização proibida pela Constituição Portuguesa . Mas, pessoalmente, 34 anos depois de Abril, não gostaria de ver este país com presos políticos.

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João Jardim dá liberdade.  

Alberto João Jardim parece que não se vai candidatar a Presidente do PSD. Mas vai dar liberdade de voto aos militantes. Pois claro. Dar liberdade de voto quando o voto é secreto. Certo! O ditador de polichinelo julga-se até dono da consciência dos militantes.

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Por detrás da cortina  

Sócrates fumou onde é proibido fumar, dentro de um avião.

Primeiro às escondidas, por detrás da uma cortina, depois às claras, quando já não podia esconder que estava a violar a lei, procurando desse modo dar um de naturalidade, que uma justificação "legal", a preparar, não o pudesse pretensamente ilibar. A questão não é o do mau exemplo. Sócrates não é exemplo nenhum para coisa nenhuma. O problema é de abuso de poder. Abuso da posição dominante. A da impunidade. E a isto chama-se prepotência.

Sócrates além de mentiroso é um prepotente. Tenho dito!

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As mais sexys do mundo de sempre!  



Provavelmente saberão que as palavras mais procuradas na Internet são as relacionadas com sexo, mulher nua, como aumentar o pénis, celebridades despidas, imagens eróticas, pornografia, etc..

Não pretende com este post fazer uma análise sociológica sobre este facto. Para ser completamente sincero não estou mesmo nada interessado em saber as razões. ;)

Contudo -para responder a alguém que me perguntou (perguntou mesmo!..), porque razão as imagens relacionadas com este tema (as mais explicitas) são quase inexistentes ...depois de muito investigar, verifiquei que tal se deve a um filtro nos motores de busca designado no Google por SafeSearch. Sendo assim e para os interessados (e como um prestador de serviço público que o Sentido Único se arroga) a melhor maneira de encontrar essas imagens é recorrer ao Google Imagens desabilitando o filtro.



Bem, mas tudo isto para referir que no meu anterior blogue, Foice dos dedos, escrevi um artigo As mais sexy's do mundo que é o mais visto de todos os artigos que escrevi, concretamente 17 001 visualizações, desde que em 2005 comecei a escrever na blogosfera, apesar de sobre este tema existirem milhares de referências.

Para finalizar este assunto (que visa apenas trazer mais visitas ao Sentido Único) recoloquei as imagens dessas bonitas mulheres que em 2007, foram eleitas como as mulheres mais sexy's do mundo de todos os tempos, para conferir e se quiserem manifestarem a Vossa opinião.

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Caravana um livro de Rui Manuel Amaral  


No próximo sábado, dia 17 de Maio pelas 18,00 horas, na livraria Centésima Página, em Braga (Av. Central nº 118-120), vai ter lugar a apresentação do livro Caravana de Rui Manuel Amaral.

Deixo-vos com o trailer desta apresentação:


Caravana é um livro de Rui Manuel Amaral com a chancela Angelus Novus. Mais informações sobre o livro e o autor pode ser visto aqui.


Agradeço o convite que me honra mas infelizmente não vou poder estar presente. Aos leitores do Sentido Único se puderem, sugiro que dêem lá um saltinho, decerto não se vão arrepender. O meu amigo Álvaro de Oliveira (um extraordinário escritor e poeta) se ler esta nota (e tiver disponibilidade), até porque é de Braga é um dos que não vai faltar com certeza.

Parabéns ao Rui Manuel Amaral e força e coragem nesse fantástico mundo que são os livros e a leitura. Agradeço-lhe também por ser leitor do Sentido Único.

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A grande diferença entre corrupção desportiva tentada e consumada.  

O Futebol Clube do Porto sempre que ganhou os campeonatos foi um justo campeão.

Quando ganhou teve sempre a melhor equipa, os melhores jogadores, os melhores técnicos, a melhor estrutura de apoio, a melhor organização desportiva. O Futebol Clube do Porto não precisava de “comprar” os árbitros, os dirigentes, os jogadores, para ganhar os jogos. Não precisava de pagar viagens ou oferecer “fruta” aos árbitros. Não precisava mas provou-se que tentou comprar jogos. Na dúvida foi sempre melhor prevenir.

A justiça desportiva provou que o Futebol Clube do Porto tentou corromper. Teve sorte o Futebol Clube do Porto. Tentou mas não conseguiu corromper. No jogo da corrupção perdeu (não conseguiu consumar a corrupção) mas neste caso ainda bem para o Clube, para os jogadores e para a cidade; assim não terá de disputar o próximo campeonato na divisão secundária, tal como o Boavista. O Futebol Clube do Porto foi melhor dentro das quatro linhas do jogo de futebol. Aí ganhou bem. Fora das quatro linhas, no jogo da corrupção não foi o melhor. Mas também ganhou.

Ficou provado na Justiça desportiva que o Futebol Clube do Porto, a União de Leiria e o Boavista e os seus Presidentes, foram corruptos, com a pequena diferença de que o Boavista e o Presidente João Loureiro, conseguiram mesmo os seus objectivos: consumar a corrupção. João Bartolomeu e Pinto da Costa não conseguiram, com pena presume-se, o que João Loureiro conseguiu.

Agora espera-se pelos resultados do apito dourado, na Justiça que interessa. Mas aí seria preciso ir mais longe. Não apenas as que respeitam ao jogo jogado, mas as que envolvem os negócios com as transferências, os contratos dos jogadores, os contratos paralelos, os sacos-azuis, os empresários dos jogadores, a ligação com os municípios, com os empreiteiros, a questão fiscal.

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Assim não PCP!  


De regresso da China, uma delegação do PCP saúda os “inegáveis êxitos do país e dos objectivos socialistas” e defende o Governo Chinês das “acusações de violação dos direitos humanos”, considerando que são um pretexto para colocar em causa os Jogos Olímpicos e a soberania sobre o Tibete.

Lamentável! O PCP sabe que a China vai afirmando o seu império capitalista, à custa da exploração desumana, cruel sobre os trabalhadores, obrigando a ritmos de produção e de trabalho de autêntica escravatura. O PCP sabe que os trabalhadores chineses não têm direitos laborais e sociais, direito a reunião, de livre expressão, de associação, não tem sindicatos, não tem direito à greve. Na China não é o socialismo que se constrói é o capitalismo de Estado, actuando ao pior nível da exploração capitalista. Lamentável!

Enquanto isso em Portugal o PCP justamente censura o Governo pelas suas políticas sociais e laborais. Mas não pode merecer credibilidade, infelizmente! Assim, passo a passo, (afirmações de Bernardino Soares sobre a Coreia do Norte, de Jerónimo de Sousa sobre a China e sobre Angola, a posição sobre o regime cubano, etc.) se aniquila um património da esquerda, de frente avançada, na defesa dos direitos humanos, da justiça social, dos direitos dos trabalhadores.

O Partido Comunista Chinês, através do Diário do Povo agradece o "apoio precioso"!

Assim não PCP!

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O que fica depois da moção de censura  

Desígnios nacionais

Temos políticos peripatéticos
Com ideias caquécticas, esqueléticas
Anódinos, obtusos, amorfos
Sem tusa, lerdos
Imprestáveis e descartáveis.
Temos políticos
Uniformes, simétricos
Carreiristas, carteiristas
Cinzentões, amigalhaços
Caciques
Uns quantos palhaços
E alguns corruptos com a conivência geral.

Temos os políticos que merecemos
Neste país à beira-mar plantado
Que cheira a merda não cheira a flores
O país do não incomoda, não chateies
Amanhã logo se vê.

Temos a classe politica ideal
Para um grande desígnio nacional
Afundar de vez Portugal
E depois despedir todos
E começar o país outra vez.

Encandescente


Clique para aumentar - Imagem da Raim

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São uns criminosos sim!  

Que outro nome pode ser dado a quem, mais de trinta anos depois da independência, enquanto o seu povo vive na miséria, onde as crianças passam fome e morrem precocemente, os dirigentes, os homens e mulheres de quem se esperava tudo de bom, depois de uma guerra de libertação, enriqueceram brutalmente à custa da miséria alheia, da corrupção, do roubo, do assalto ao Estado.

Boa malha Bob Geldof! O BES uma vez mais está no sitio certo com as pessoas certas.

(...)
Caminhos largos
cheios de gente cheios de gente
em êxodo de toda a parte
caminhos largos para os horizontes fechados
mas caminhos
caminhos abertos por cima
da impossibilidade dos braços.
(...)
Ó vozes dolorosas de África!

(do poema de Agostinho Neto, Fogo e Ritmo)

Ps: e não me venham com essas tretas de que as palavras do Bob Geldof são folclore, circo, fantochada, demagogia, populismo, protagonismo, etc e se assim for venham muitos Bob Geldof.

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O professor de Sócrates na Independente acusado de corrupção  

Em 1996 era professor na Universidade Independente de José Sócrates em quatro das cinco disciplinas que faltavam ao nosso Primeiro-ministro, para concluir a licenciatura. Era também assessor do secretário de Estado Armando Vara. Há dois dias foi pronunciado pelos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais, por actos praticados naquele mesmo ano.

Se sobre a licenciatura de Sócrates apesar de envolta num manto nebuloso de suspeições, não foi possível (ainda?) determinar se houve favorecimentos, esta acusação que impende sobre o professor que lhe concedeu o diploma de engenheiro, vem uma vez mais, evidenciar a promiscuidade entre o exercício do poder e a actividade empresarial própria ou incumbida, numa relação de benefícios mútuos e múltiplos que permitem influenciar as decisões políticas, quando não mesmo, como é o caso, violando as normas legais aplicáveis.

António Morais o homem de quem se fala, na qualidade de sócio com a sua ex-mulher de uma empresa de consultoria e em representação da Associação de Municípios da Cova da Beira, é acusado de ter beneficiado um consórcio de empresas, no concurso público para adjudicação e exploração de um aterro sanitário, que apesar de não apresentar a melhor proposta, nem sequer ter o currículo necessário para ir a concurso, saiu vencedora. Como contrapartida, António Morais, recebeu pelo menos 58 154 euros, depositados numa conta nas ilhas de Guernesey.

Mas este caso tem outros contornos ainda por esclarecer e perceber as relações: a fiscalização das obras do aterro foi ganha em 1997 por uma empresa cujos proprietários são o actual Presidente socialista da Câmara da Guarda, o Vereador do Ambiente que nessa qualidade integra a Associação de Municípios da Cova da Beira (e que fiscaliza a obra), mais um outro sócio que sendo sócio noutra empresa, acabou por comprar a empresa que ganhou o concurso de fiscalização, mal as denúncias de corrupção começaram a aparecer (e que por acaso é amigo particular e sócio noutra empresa do responsável do consórcio de empresas que ganhou irregularmente o concurso do aterro sanitário); empresa esta à qual o gabinete de instalações do Ministério da Administração Interna, dirigido na altura por António Morais -o professor de Sócrates na Universidade Independente que lhe deu o diploma de Engenheiro, se fartou de adjudicar contratos de fiscalização de obras.

Complicado de perceber não? Pois... não é fácil de explicar e perceber. Mas perguntam-me vocês o que é que isto tem a ver com Sócrates? Nada claro a não ser que todos, António Morais, o Presidente da Câmara, o Vereador do Ambiente, mais o Sócio que comprou a empresa dos três, e também o Sócio deste último noutra sociedade, são todos amigos de Sócrates. Mas claro que isso não tem nada a ver. Não tem de ter necessariamente que ver. Eu até acredito em coincidências e estou a falar a sério. Mas para a notícia ficar completa isto tinha de ser dito.

(artigo feito com base na Notícia do Público de hoje)

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"Não foi por vontade nem por gosto que deixei a minha terra!"  

Um estudo da OCDE sobre migrações revela que metade da população portuguesa está emigrada. Sublinho: metade da população. Cinco milhões de portugueses escolheram o estrangeiro para viver ou trabalhar. Mais significativo ainda. Nos últimos seis anos a emigração portuguesa para a Europa cresceu em 52,6 por cento e para a Espanha ou o Reino Unido mais que triplicou. Os Estados Unidos, com 1,3 milhões, a França (o Brasil do operário nos anos sessenta) com 800 mil e o Brasil com 700 mil portugueses continuam a ser os países que mais absorvem portuguesas na sua Diáspora por melhores condições e uma vida decente.

Para quem, entre nós, contesta com veemência a presença de imigrantes em Portugal, talvez este seja o momento certo de lhes fazer a pergunta: que tal, à luz dos seus argumentos, fazer regressar a Portugal os 5 milhões de portugueses e devolver os pouco mais de 400 mil imigrantes que se encontram no nosso país. O que dizem?

A emigração é a afirmação de coragem, de ousadia e de liberdade. Ser emigrante é ser revolucionário. Ser emigrante é recusar um “destino” mal traçado. Num mundo globalizado a circulação e fixação das pessoas onde quiserem, é um direito e uma valia social económica e cultural, para os países de acolhimento.

Em Portugal (e noutros países da Europa, infelizmente) começam a vingar as teses nacionalistas e xenófobas, de que a imigração é a responsável pelo desemprego, pelo acréscimo de violência, pela quebra de valores, mas são argumentos mentirosos, estapafúrdios e intolerantes que apenas escondem a incompetência (e egoísmo) dos líderes políticos, dos governantes e da economia empresarial, em dar resposta aos novos tempos de globalização, assente em pressupostos de justiça, igualdade e dignidade humana.

A globalização de que tanto se fala e de que sou um incondicional adepto é a globalização da justiça social, dos direitos humanos, do combate às desigualdades, das oportunidades para todos; a aldeia global da paz, das liberdades, da dignidade humana.

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do sucatinha para a sucateira  


no dia da Mãe. Obrigado por tudo!

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Tristeza e vergonha.  

O parlamento português aprovou, há dois dias, um voto de pesar e homenagem ao Cónego Melo -um momento triste que envergonhou os democratas e a República, por iniciativa de um puto do CDS, um betinho de seu nome Nuno Melo, no que só pode ser entendido como uma provocação, com os votos do CDS e do PSD, a abstenção do PS e os votos contra das restantes bancadas.

Já o momento a seguir foi um momento triste e constrangedor protagonizado pelo PCP ao associar-se de pé ao minuto de silêncio, optando por não seguir o exemplo dos deputados do Bloco de Esquerda, de uma grande parte de deputados do Partido Socialista e de mais dois ou três do PSD que dignamente abandonaram o hemiciclo ou mesmo dos Verdes que se mantiveram sentados.

A posição do PCP foi um acto de hipocrisia política. O PCP conservador não entende os gestos simbólicos e parece ter esquecido que subversão à “ordem instituída”, mesmo em democracia, é um valor de sempre, quando em causa estão superiores interesses como a dignidade democrática.

O Cónego Melo, conhecido mentor e confesso entusiasta do MDLP, movimento responsável por dezenas de assaltos e incêndios a sedes de partidos a sindicatos e a escolas, responsável por dezenas de atentados bombistas, pela perseguição a democratas, por acções de terrorismo psicológico e emocional, em todo lado e por toda a parte, no país inteiro, pela calada da noite ou às claras, que mataram e aterrorizaram, não podia merecer o respeito das instituições da República.


(Intervenção de Luís Fazenda, abandono do hemiciclo e o minuto de silêncio)

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O senhor não tem idade nem curriculum!  

O Primeiro-ministro José Sócrates num momento de alucinação dirigindo-se a Francisco Louçã disse: " Você não tem idade nem curriculum ...".

Uma boa piada, diz o jornalista do Portugal Diário! Eu fui à Internet verificar o curriculum e não resisto a publicar:

Actividade política:

*Louçã, nasceu em 12 de Novembro de 1956. Participou na luta contra a Ditadura e a Guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso em Dezembro de 1972 com apenas 16 anos e libertado de Caxias sob caução, aderindo à LCI/PSR em 1972 e em 1999 fundou o Bloco de Esquerda. Foi eleito deputado em 1999 e reeleito em 2002 e 2005. É membro das comissões de economia e finanças e antes comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi candidato presidencial em 2006.

Actividades académicas:

Frequentou a escola privada em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996.

Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).

Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; “referee” para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.).

Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.

Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).

Em 2005, foi convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.

Terminou em Agosto um livro sobre "The Years of High Econometrics" que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra.

Obras publicadas:

Ensaios políticos

Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)

Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)

A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)

A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)

A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)

Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)

Livros de Economia

Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)

The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes

Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)

Is Economics an Evolutionary Science?, com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)

Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)

Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)

As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005)

* Fonte Wikipédia

Sobre Sócrates, sabe-se que é engenheiro civil tirado na Universidade Independente, ainda sob suspeita de ilegalidades. Que assinava como Engenheiro quando era Engenheiro-Técnico. Que elaborou ou pelo menos assinou uns projectos de habitação caricatos. Que a sua actividade política se deu com o 25 de Abril na JSD/PSD e depois no PS como deputado e como governante. Do seu curriculum sabe-se ainda (embora ele o desconhecesse) que teve uma incursão fugaz como empresário-sócio de uma empresa de venda de combustíveis.

Quanto a curriculuns estamos conversados!

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FERVE e Precários-Inflexíveis calados no “Prós e Contras”  



A precariedade é uma bomba-relógio social que acabará por rebentar nas mãos dos que dela se aproveitam.

Foi divertido ir ao programa “Prós e Contras” de segunda-feira. Passo a explicar: fui convidado a ir ao dito programa, para falar em nome dos Precários-Inflexíveis. Quando cheguei ao local (Casa do Artista, na Pontinha) conduziram-me aos camarins e disseram-me, numa escada de acesso, que afinal não iria falar. Havia muita gente para intervir e a apresentadora teria decidido que falaria apenas um dos representantes de um dos movimentos anti-precariedade, no caso o movimento FERVE (Fartos/as d’Estes Recibos Verdes).

Naquele momento ou desistia e ia para casa, ou tentava intervir no programa. Perdera muito tempo a preparar-me, em prejuízo do meu trabalho, e havia gente com expectativa no que eu iria dizer. Fazer de jarra decorativa é que não me pareceu aceitável. Combinei com o representante do FERVE que, mal ele acabasse de falar, me passaria a palavra e o microfone, dizendo que falaria eu do MAYDAY, a segunda parada anual anti-precariedade. Eu só queria dizer, em poucos segundos, uma data (1 de Maio), uma hora (uma da tarde) e um ponto de encontro (Largo Camões).

O representante do FERVE falou e saiu do auditório pouco depois, porque foi ignorado pelos convidados e pela apresentadora, não tendo ninguém respondido às questões que colocou. E eu fiquei à espera de pé, com o microfone na mão. Longos minutos. Até que me convidaram a sair e abandonei o programa acompanhado por outros membros do PI.

A apresentadora ainda teve tempo para mentir, dizendo que eu não fora convidado. Enfim, que dizer? O que se passou apenas mostra que movimentos como o FERVE e o PI estão a tornar-se incómodos, porque o que dizemos tem cada vez mais eco. A precariedade é uma bomba-relógio social que acabará por rebentar nas mãos dos que dela se aproveitam.

Seremos muitos a mostrar que não nos calamos, seremos muitos a mostrar como fazemos a luta e a festa ao mesmo tempo: no dia 1 de Maio, a partir da uma da tarde, no Largo Camões, em Lisboa.

(Artigo de João Pacheco, jornalista, membro dos Precários-Inflexíveis - Quarta-feira, 30 Abril, 2008 no jornal Mudar de Vida.)

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O 1º de Maio é vermelho!  


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